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O trabalho do retratista e de arte figurativa de Nova York John MacConnell baseia-se em como as pessoas interagem com a vida contemporânea, a cultura e a comunidade. Para conseguir criar, ele precisa antes estabelecer uma verdadeira conexão com a pessoa. “Enquanto desenho, eu a entrevisto. Toda a conversa acaba influenciando a arte”, revela MacConnell. Em seu livro, Draw You/Draw Me, ele homenageia aqueles que considera mais próximos em sua comunidade pessoal. “Uma comunidade são as pessoas que estão à sua volta, com as quais você compartilha seus ideais e o seu modo de vida”, afirma MacConnell. Ele usou também o projeto para oferecer apoio aos membros de sua comunidade, doando uma parte dos lucros obtidos pelas vendas do livro para uma organização sem fins lucrativos dedicada à prevenção de suicídio na comunidade LGBTQ, em homenagem a dois amigos de infância que faleceram.
SQSP: Como você define 'comunidade'?
JM: Uma comunidade são as pessoas que estão à sua volta, com as quais você compartilha seus ideais e o seu modo de vida. Minha comunidade está cheia de artistas, sonhadores, realizadores, criadores, professores, pensadores e curandeiros. Essas pessoas me inspiram e me incentivam. Meu livro mais recente, Draw You/Draw Me, é uma homenagem àqueles que considero mais próximos da minha comunidade pessoal. É dedicado a dois amigos de infância que não estão mais conosco porque sentiam-se estranhos no mundo. Uma parte dos lucros das vendas do livro está sendo doada ao Trevor Project, em sua homenagem. O Trevor Project faz um ótimo trabalho dedicado aos jovens, para saberem que não estão sozinhos.
SQSP: Que tipo de espaço mental e/ou físico você precisa para criar um novo trabalho?
JM: Com o meu caderno de esboços, posso trabalhar em qualquer lugar. Adoro criar em lugares longe de casa e realmente poderia fazer mais isso. No livro Draw Você/Draw Me, fiz questão de visitar as pessoas em suas próprias casas para criar seus retratos. Isso influencia a obra, pois os espaços pessoais oferecem outro contexto e também os ajuda a ter mais tranquilidade por estarem em casa.
Preciso de espaço para criar peças maiores, e em Nova York é realmente difícil encontrar isso. Eu trabalho de casa e uso um quarto pequeno para criar. Estou sempre erguendo e desmontando meu cavalete quando faço o retrato de alguém. Dito isto, adoro trabalhar de casa. É um ambiente muito mais aconchegante do que um estúdio tradicional, e ajuda a tranquilizar as pessoas.
SQSP: Como você busca apoio e inspiração na comunidade?
JM: Procuro me aproximar de pessoas que me apoiam e me inspiram, como artistas e atletas... Qualquer pessoa que defina objetivos e corra atrás de alcançá-los. O artista Mark Beard, meu mentor, é uma grande inspiração. Sempre que vou ao estúdio dele, vejo um trabalho novo. Além disso, também encontro apoio e inspiração no Instagram. Alguns artistas moram em Nova York e nos encontramos, como Da Ping Lou, Adam Chuck e Menelik Puryear. Outros, como Jen Mann e Doron Langberg, eu não conheço pessoalmente, mas ver o trabalho deles de longe me inspira a continuar com o meu.
SQSP: Você está morando em Nova York no momento. A cidade influencia as suas obras?
JM: AMO morar em Nova York. Toda essa energia ao meu redor me faz muito bem. É muito inspirador ver tanta coisa acontecendo, ainda mais no cenário criativo. De atores ensaiando até designers lançando marcas, é uma grande motivação estar perto de pessoas que trabalham para mostrar suas perspectivas. Além disso, morar aqui abre a possibilidade de conhecer muita gente. Trabalho com outros moradores e também com os turistas. Tenho muita sorte porque consigo conhecer pessoalmente as pessoas com quem eu interajo nas redes sociais. Com o meu trabalho, posso registrar esses encontros. Parte do meu trabalho é levar o espaço social digital para a realidade física.
SQSP: Você também já foi professor de arte. Essa experiência de ter alunos mudou seu processo criativo? Em caso afirmativo, como?
JM: Dar aulas foi uma experiência que abriu os meus olhos. Eu dava um curso básico, sem pré-requisitos, e meu maior esforço era conseguir me comunicar de verdade com os alunos. Eles pensavam que a aula de artes era só uma optativa fácil. A arte é divertida, mas exige trabalho dedicado e vocação. Essa experiência me fez valorizar os alunos e qualquer pessoa que assume o compromisso de criar.
SQSP: Grande parte do seu trabalho atual se concentra no corpo masculino. Usar modelos vivos mudou a forma como você vê a arte?
JM: Para criar um retrato sério, é preciso passar um tempo com a pessoa. Adoro conhecer todas as pessoas com quem trabalho. Enquanto desenho, entrevisto as pessoas. Pergunto de onde são, o que fazem da vida, como passaram o verão... Todas essas conversas acabam influenciando a arte.
SQSP: Seu livro mais recente conta com a participação de alguns amigos, colegas e mentores. Como a sua conexão pessoal com os homens que aparecem no livro influenciou a sua visão sobre o projeto?
JM: Esse projeto é muito importante para mim devido à minha relação com os homens presentes que fazem parte dele. Todos eles influenciaram meu trabalho de uma forma ou de outra. Alguns me inspiram a criar, outros apontam o melhor caminho para seguir quando estou perdido, e outros ainda são simplesmente grandes motivadores que me ajudam quando não estou encontrando alguma saída para a obra. Já trabalhei com alguns deles no passado, mas muitos são amizades novas. É emocionante mostrar o meu mundo para tantos amigos. É uma experiência incrível poder compartilhar a vida com eles e é uma honra trabalhar com meus mentores que tanto respeito.
SQSP: Você pode falar um pouco mais sobre as suas sessões regulares de desenho? Como essa experiência o posicionou como especialista na figura humana na comunidade local?
JM: Acho que ainda não sou especialista, mas espero que a minha presença inspire outras pessoas a começar a desenhar. Essas sessões são ótimas para aprender a desenhar a figura humana ou praticar, para quem já sabe. É um ambiente bem descontraído. Começamos com desenhos rápidos para fazer um aquecimento, depois passamos para desenhos mais avançados, que levam mais tempo, conforme a sessão avança.
SQSP: Qual é o próximo projeto mais empolgante na sua lista?
JM: Acredito que está na hora de organizar outra exposição. Em breve!
Saiba mais sobre o trabalho de John no site ou siga o perfil dele no Instagram. Se quiser começar a montar o seu portfólio, acesse squarespace.com.